terça-feira, 12 de outubro de 2010

Aguardem: Vem aí a Bolsa Marido!!!

Ah, Veja. Você não decepciona...

... É só saber casar, né nega?

A capa é da Veja de Agosto, mas eu só vi isso agora! Gente, estou em outro mundo!

Mas que casamento faz bem eu já sabia! Pois não foi mais do que comentado o casamento de Tiger Woods e Elin Nordengren? Depois que inventaram acordo pré-nupcial, casar faz um bem danado! Ainda mais depois que inventaram Acordo Pré-Nupcial.

100 milhões de DÓLARES dá pra passar o final de semana tranquila, né Elin?

Eu, que também trabalho com consultas astrais e tenho amigas que agem como oráculo também, tenho ouvido cada coisa de arrepiar os cabelos! Essa época antes do casamento é confusa, sim, mas as dúvidas que eu escuto estão me apavorando. O medo maior parece ser ficar sozinha, e não começar uma família equilibrada e saudável.

"Ainda vai aparecer outro homem para mim?"
"É ele mesmo o amor da minha vida?"
"Vou ser feliz com ele?"

Não existe mais namoro, não? Oscar Wilde é que dizia que era contra noivados, pois eles permitiam que os noivos se conhecessem melhor antes do casamento, e não havia nada mais nocivo para um relacionamento. Cinismos à parte, é romantismo demais da minha parte achar que quem está montando um circo, gastando os tubos e mudando a vida inteirinha para casar, deve saber mais ou menos o que está fazendo, né? Tudo bem que a fase do apaixonamento passa, mas a afinidade com o outro, a cumplicidade, ajudam um pouquinho.

Tudo bem, todo mundo sonha com o príncipe, o amor eterno, a companhia que dura para sempre, mas até chegar aos veteranos aí em cima, tem muita cumplicidade, muita tolerância, muito aperto de cinto e muuuuita boa vontade.
Tudo bem, o pessoal não gosta de falar nisso, mas divórcio, viuvez, solidão acontecem com todo mundo, gente. Casar faz bem, se independer faz bem, acreditar em si mesmo faz bem, manter os princípios faz bem. Muitas vezes casar é fazer um bolinho e dar uma festa para os amigos, ô Revista Veja! Estou falando com a Capricho, Nova, Marie Claire, com as meninas do Sex and the City também... Ser mulher é uma bênção muito grande, mesmo quando a gente não anexa a nossa vida à de outra pessoa.
Eu já tinha me aborrecido com uma capa da Veja que dizia que o Brasil nunca esteve tão bem, quando o poder de compra que existe para a classe D e E não está vindo da criação de empregos - coisa que a classe média até pode fazer quando não tem que pagar 36% de imposto para manter uma firma - mas de uma ajuda do governo... até quando?

Mas quem é que liga? A menina que tava fazendo consulta comigo tinha conseguido a Bolsa Marido!

Já ouvi tanto que casamento é loteria. Eu até conheço uns poucos, bem poucos que tiraram a sorte grande, ou fizeram escolhas conscientes. Um excelente casamento pode sair da união de dois cabeças ocas - porque tudo é possível. Até isso é possível. É só esquecer esse negócio de loteria depois da lua-de-mel, e parar de jogar com a sorte. Vai juntando um valor prá você mesma para agregar alguma coisa ao outro e cooperar com esse investimento de vocês dois.
Casar faz bem, para quem sabe organizar a vida, não só a festa!

domingo, 10 de outubro de 2010

Problemas de confiança

Qualquer ato de amor é uma questão de fé.

A gente sabe que pode não ser correspondido na mesma moeda, mas vale a pena arriscar?

Acho que isso vai depender do tamanho da nossa carência e do quanto a gente precisa se amparar no outro. Se amparar em quem não minta nunca, nunca engane, que seja sempre sincero e companheiro. Se a gente é capaz de ser assim, por que o outro não consegue? Se nós mulheres conseguimos ser verdadeiras o tempo todo, o que há de errado com os homens?

Com esta dor no coração e esta dúvida na minha cabeça, fui assistir o homem dos meus sonhos, Seth Meyers, no quadro Weekend Update. Ele falava sobre uma questão de relacionamentos mais discutida pelos homens:

Meu amado dizia que um estudo recente sobre sexo apontava que 85% dos homens entrevistados afirmaram que sua parceira mais recente chegou ao orgasmo enquanto apenas 64% das mulheres afirmaram ter atingido o orgasmo em sua última relação sexual.
"Acredito que isso prova o quanto as mulheres têm dificuldade de notar seus próprios orgasmos" - disse meu querido Seth.

Ele sempre tem um jeitinho de me fazer sentir melhor. Não necessariamente uma pessoa melhor... só melhor.

sábado, 25 de setembro de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

E Seth Meyers Respondeu...

Eu amo a tecnologia...

Sabe quando a gente é tiete? Tiete o bastante para a calcinha vir parar na cabeça, de tanta bobagem que a gente pensa. Tinha que ter um nome grego para esse amor. Tudo bem, é Eros! Mas aí o cara faz alguma coisa e você fica mais apaixonada pelo trabalho do cara do que pelo cara em si... Ergon, trabalho. Amor Ergonerótico. A tiete é melhor.

Aí eu fico tweetando o sujeito, como quem grita num show. E eu twito, e twito... Porque twittette é assim mesmo...
Vai trabalhar, desgraçado! Quero ver sua carinha bonitinha de novo. Quando volta esse programa cretino?! (muita coisa se perde na tradução).

E o que acontece?
Aiminhamamãeéeleeomeunomejuntosnamesmaimageméeleéeleéele!

Como eu amo nerd de terno e gravata... O avatar dele é o personagem Besouro Azul com o rosto dele. Cortesia de ninguém menos que Kevin Maguire!
Ted Cord é o palhaço da Liga da Justiça. Só ele para chagar para o Batman, depois de receber uma ordem mal-humorada dele e perguntar:"Qual é a palavrinha mágica"
"AGORA!", responde o morcegão.
"Ah, bom!" responde Ted, satisfeito.








E nada mais lindo no mundo que um fã de quadrinhos inteligente e bem vestido... Seth arrebentou ao apresentar os ESPY's, o Oscar dos esportes em Los Angeles. Aí o pessoal ficou chorando para ele apresentar o Oscar mesmo. Coitado do Hugh Jackman. Fez um trabalho tão bonitinho.




O que é que eu poderia dizer...?


"Com você tudo é bom, fofinho! Caso você espirre de hoje até o dia 24 de setembro, saúde!"

A propósito, meu amado não gosta muito de tecnologia... Será que é porque qualquer tiete pode ficar atazanando ele a qualquer hora?

Vamos ver se é. Tá legendado. Até a Cnet me descobrir, isso fica online.


sábado, 24 de julho de 2010

Baixa esse volume, ô garoto!!!!


Eu realmente peço perdão a todos os vizinhos que incomodei, junto com meus amigos, com os bailes até tarde. Não tem nada mais chato do que tentar ouvir seus próprios pensamentos dentro de sua própria casa e não conseguir. Tudo bem, quando você mora perto de um clube, não tem jeito. Poxa, eu moro perto de um salão de festas. Tudo bem, eu tenho o direito de chamar a polícia depois das dez. Só que o som vibrando no meu apartamento já me deu dor de cabeça só de tocar das 18:00 às 21:00. E olha que o troço fica do outro lado da rua.

Se eu descobrir o corno que montou isso no terraço do prédio da frente eu mato!

Eu já devo estar gagá, - não tanto quanto a outra Lady, pois ainda não acho que alumínio seja um bom "tecido" para fazer roupa - mas eu me lembro de conversar com meus amigos no baile. Depois de um tempo, conversar ficou impossível mesmo. Depois ficou impossível pensar. Depois ficou impossível dormir, porque eu fui morar numa certa esquina da Tijuca. Na esquina oposta, onde antes era uma marcenaria, abriram a "Embaixada do Nordeste".

Que saudade do barulho das serras. Mas eu disse a mim mesma: "Pelo menos, quando essa onda miserável passar, vai vir algo suportável. Não tem jeito de ficar pior do que isso.

É..

O bonde das gostosas vem aí para jogar o feminismo no lixo e provar que, se só um tapinha não dói, uma surra, uma sessão de tortura e desmembramento ocasionando na ocultação do cadáver não pode ser tão nocivo assim.

Ah, eu nem vou entrar naquela discussão interminável sobre o valor do Funk. Teve um filme tão legal com o rapaz do "Barrados no Baile", Jason Priestley, sobre isso - Proibido para Menores. O filme trata do quanto a música era uma ofensa para os mais velhos. Eu me lembro do primeiro Rock'n Rio (SIM, eu sou VELHA!!! Graças a Deus - porque isso prova que eu ainda não morri!!) quando os pais achavam que o mundo iria acabar e que aquilo era o portão para o inferno. Eu ainda não poderia ir, mas minha irmã mais velha voltou coberta de lama e de alegria.

Talvez tenha tido muito barulho na nossa época também. Quem tem medo da Lady Gaga quando se lembra da Nina Hagen? E teve coisa muito pior, mas eu não lembro deles serem uma febre, ou de serem reconhecidos como movimento cultural. Eu lembro que Justin Bieber era cinco: Menudo!!! Eu fui menudete. Eu não tenho vergonha, não. Eu podia estar engravidando em trenzinho no Baile Funk.

Bom, apesar de curtir gente que aparece por agora, tipo o Blitzen Trapper que toca na fitinha lá em cima, eu vou dar uma de velha coroca e admitir que tenho saudades de antigamente, quando até a merda era legal.

Ela mesma: Lindaaaaa garotaaaaaaaa, de Berliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmm!

Tá lembrando dos anos oitenta? Lembra direito, porque você já vem enquanto eu ia - só que você não viu nada por lá e HÁ! HÁ! HÁ!



A ironia? Esse troço que eles estão dançando é muito mais funk do que o "funk" carioca.

Eu até iria fazer uma comparação e colocar(
cuidado isso é o link para) uma letra do K-9, mas não vou fazer isso com meu blog. Meus alunos dizem que nem todo funk é agressivo, mas eu não lembro de sentir dor nos ossos do rosto - sério, é isso mesmo que eu sinto! - ao ouvir uma "melodia". Só acontece com esses caras.

Ai, só para limpar a mente depois de uma breve lembrança desse lixo, um barulho bem alto, bem cafona, bem ofensivo - daqueles que a gente berrava com raiva!



Os pais gritavam com a gente, mas pelo menos a gente aprendeu a escolher música. Fazer vídeo é outra história, mas música, a galera sabia fazer.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A filosofia moderna e a nova ortografia.

"Por isso que eu não como esses troços de lagosta nem nada assim. Porque essas coisas estão vivas quando são mortas". Snookie, uma das personalidades mais populares dos EUA, e mais ricas também.

Aí eu descubro que o governo brasileiro cortou 1,2 bilhões de reais da receita para a Educação. E aí eu vou espairecer no alcateia.com e comentar o final de Lost com meus amigos nerds. E aí eu vejo esse comentário tão bonitinho, na era do corretor ortográfico.

O corretor ortográfico é uma atualização que o Firefox dá, ou outro navegador qualquer. Mas afinal, para quê corrigir, né. Dá pra entender, não dá?

“Obviamente que nós não temos a sapiência de um sociólogo. Ou de alguns... ou de alguns... esta semana, é engraçado, eu fui chamado de analfabeto, essa semana eu fui chamado de ditador porque indiquei a Dilma pelo dedaço e essa mesma semana eu ganhei o título de estadista do ano...eu compreendo o ódio que isso causa. Eu compreendo, porque o intelectual ficar assistindo um operário que só tem o quarto ano primário e não tem vergonha de dizer... ganhar tudo o que ele imaginava que ele pudesse ganhar e não ganhou por incompetência... é muito difícil... " Página de informações do Facebook do Lula.

Numa democracia, popularidade basta para ser presidente. Ainda mais com um governo que desvaloriza a educação e um povo que desiste de lutar por ela.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Só de Sacanagem!

Por Elisa Lucinda

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas
que voam entupidas de dinheiro,
do meu, do nosso dinheiro
que reservamos duramente para educar
os meninos mais pobres que nós,
para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais,
esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade
e eu não posso mais.

É muita gente para tomar conta. Planejamento familiar, responsabilidades para o menor de idade e fim da ilusão de que construção ilegal é solução para a falta de moradia precisam parar de ser tabu e palavrão na sociedade.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz,
minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem
para aperfeiçoar o aprendiz,
mas não é certo que a mentira
dos maus brasileiros
venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro,
a luz é simples,
regada ao conselho simples de meu pai,
minha mãe, minha avó
e os justos que os precederam:
"Não roubarás",
"Devolva o lápis do coleguinha",
"Esse apontador não é seu, minha filha".

Ao invés disso,
tanta coisa nojenta e torpe
tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo,
coisa da qual nunca tinha visto falar
e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste:
esse é o tipo de benefício
que só ao culpado interessará.

Irmã Dorothy Stang lutou em defesa do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS). "O uso democrático da terra vai permitir que todos ganhem". O setor 55 do projeto chama-se "Esperança".

Pois bem, se mexeram comigo,
com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!

Dirão: "Deixa de ser boba,
desde Cabral que aqui todo mundo rouba"
e vou dizer: "Não importa,
será esse o meu carnaval,
vou confiar mais e outra vez.


Como é que um troço tão básico como não ser condenado por um crime precisa de um projeto de lei para impedir uma candidatura? E olha que a condenação ainda vai ser revista por dois juízes que vão considerá-la relevante ou não...

Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos,
vamos pagar limpo a quem a gente deve
e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre,
ético e o escambau."

Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto,
desde o primeiro homem que veio de Portugal".
Eu direi: Não admito,
minha esperança é imortal.

Eu repito, ouviram? Imortal!
Sei que não dá para mudar o começo
mas, se a gente quiser,
vai dar para mudar o final!

Agora que você já leu, vamos ouvir para decorar e declamar sempre que necessário for:



E vale a pena visitar a Lucinda. Olha ela aí:http://www.escolalucinda.com.br/

sábado, 17 de abril de 2010

É ruim porque é ilegal ou é ilegal porque é ruim?

Ter opiniões diferentes da Justiça nunca é fácil, mas é por isso que a Justiça existe. Eu acho que seria uma ótima ideia assassinar meu vizinho, mas a lei não permite que eu faça isso. Assim, a vida do meu vizinho está protegida pela lei e pela minha incapacidade de esconder pistas, por mais que eu veja CSI.


Poucos entendem as vantagens da morte do meu vizinho, mas eu posso garantir que não vai haver perda ou dano a nenhum membro da sociedade, além dele mesmo, se ele morrer. Eu posso decorrer por muito tempo sobre isso, mas não vou convencer a todos. Talvez convença poucos. O pior problema é que a ideia de saber que alguém morreu a marteladas, beliscões ou apenas com um tiro certeiro enoja muitas pessoas.

Difícil resistir à tentação de vestir um casaco de chinchila com um pelo gostoso como esse em tom natural de violeta. Só é preciso esfolar o bicho vivo para o pelo não perder o brilho.

Por isso existem sociedades protetoras para criaturas que não são protegidas por lei. Chinchilas, raposas e foquinhas bebês não têm direito à vida legalmente. Caçar animais é condenável, mas não por lei. Pelo menos, não é assassinato.

Mas estes caçadores estão lá longe. Lá no Alasca, lá na Sibéria e marretam suas vítimas com muita discrição. Como evitar que eles continuem atuando? Acabando com a demanda pelo produto final de sua atividade. Não se compra mais casacos de pele.

La Jolie jura que isso é pele falsa.

Fácil falar, mas como convencer uma sociedade acostumada com um produto confortável, bonito e que é sinal de status? Ativistas começaram a pegar pesado para proteger as foquinhas. Primeiro começaram a jogar tinta vermelha em casacos de pele. Depois os próprios usuários começaram a pagar pelos crimes dos caçadores - eles eram tratados como responsáveis diretos da morte dos animais, apesar de serem responsáveis indiretos.

Sair por aí vestindo um casaco de pele exige coragem e alguma explicação ("é da minha avó... é a pele do meu labrador que morreu ano passado... é de mink, mas ele era um bicho muito ruim").

O estilista diz que essas peças foram feitas de outros casacos de pele. Nenhum bichinho que já não estava morto, foi cortado para fazer estas roupas.

Pois é... Mas se você está com o pensamento claro, já sabe onde eu quero chegar.


O resto do seu casaco de pele está aqui.

As campanhas para salvar foquinhas são pavorosas. Mas quando se fala sensibilizar o usuário de drogas a coisa tem que ser vista com muito cuidado. Não se pode ofender quem é vítima da sociedade. Aliás, tem um monte de motivos para usar drogas e só um para parar de usar: tem gente morrendo por causa do mercado que o viciado financia.

Viciado, não!!! Dependente químico que precisa ser compreendido e ajudado.

Com a legalização das drogas, isso seria resolvido, né? O dinheiro, ao invés de ir para o bandido, iria para o governo. COMO É QUE ALGO COMO CRACK E HEROÍNA PODEM SER LEGALIZADOS? Que fabricante vai assumir a qualidade destes produtos?! E quem é que vai querer ser ficar à mercê de processos mais cabeludos dos que a indústria de cigarros - que, caramba, vai bem, obrigado!

Tudo bem, ele não tem dinheiro para comer. O crack é de graça?
Eu também tenho pena dele, mas ele não vai ter pena de mim.

Mesmo que se legalize, vejam o caso de outra droga: o álcool. O Absinto de verdade tinha uns 60% de teor alcoólico. Engasga Gato nenhum, que esteja no mercado, tem mais que 40% de teor alcoólico. Álcool é uma droga legalizada, mas ela precisa seguir certas normas para ir para o mercado. Quem é que vai querer ser usuário de um crack "seguro"?

Ah, mas legaliza só a maconha, que é uma droga mais intelectual - apesar de papo de maconheiro ser a coisa mais estúpida que eu já vi na vida. Aliás, esse papo só pode ser papo de maconheiro, porque uma coisa tão egoísta só pode vir de quem vive num microcosmo mesmo!

Estas imagens não adiantaram contra os tabagistas?
Bom, o PETA não desistiu tão fácil, desistiu?

Não! Vício pelo vício, o usuário não tem motivos para parar. Ele escolheu aquele caminho, ele escolheu lidar com este problema. As leis de trânsito tentam nos proteger da irresponsabilidade dos bêbados. Felizmente ninguém mais precisa respirar o mesmo ar que o colega tabagista. Mas as consequências do uso de drogas, até da maconha baratinha, é um Estado perdido e humilhado por um império instável pra caramba!

Para quem mora no Rio de Janeiro, isso pode ser considerada uma morte por causas naturais.

Não é imoral, do ponto de vista patriótico, ser dependente químico. O álcool causa mais vítimas, mata mais, causa mais vergonha, blá, blá, blá... NINGUÉM LIGA!!!

O usuário de drogas está tendo que lidar com a dor da realidade sobre o ideal e os conflitos internos? Tá bom! Tenta a fluoxetina! Nenhum traficante vende fluoxetina. Tem sob receita na Botica do Rio e em qualquer farmácia de manipulação. Vinte reais um pote com sessenta comprimidos. Causa dependência, não, não sei, DANE-SE!!! Tem um Rio de Janeiro que era lindo perdido e perigoso na mão de gente que consegue dinheiro FÁCIL.

O motivo que leva jovens de classe média e alta a se tornarem usuários de drogas já não me interessa há muito tempo.

O motivo principal da alimentação dessa indústria é egoísta e FÚTIL. Não é o desesperado que movimenta essa máquina - esse vai morrer logo. É o fútil, o irresponsável, o que nem liga para quanta gente morre só para a sua festa não ser um tédio.

Entre a madame que paga o preço de um apartamento num bicho morto - o que é feio, eu admito - e o trocado que o palhaço dá, lá na faculdade, por um pacote de cocaína, é o pacotinho baratinho que está afetando o meu direito de ir e vir. É essa meleca de pacotinho que está contribuindo para um garoto de quatorze anos me ameaçar com um revólver no 234, na subida do Alto da Boa Vista. DESIGUALDADE SOCIAL É A SUA MÃEZINHA! Nós dois sabemos que ele não está roubando para comer.

Este jovem de treze anos, cujo nome foi protegido pela alcunha Fred, disse que no início, apesar de vender ecstasy e LSD, não se considerava traficante.

Eu já sei que antes de poder responsabilizar o dependente químico eu preciso resolver o problema da desigualdade social, do ensino deficiente, da qualidade de vida dos trabalhadores de baixa renda, dos moradores de área de risco e da consciência social da instituição familiar como um todo, além da participação dos pais na conscientização de seus filhos adolescentes. Quer saber? Você não me convence mais.

Tropa de Elite foi um barato que se distribuiu sozinho, fez seu marketing sozinho e virou febre. Nem o Padilha nem o ator Wagner Moura gostaram da ideia de ver Capitão Nascimento como um herói nacional, mas não foi a mídia que formou essa opinião, foi o saco cheio do povo.

Dane-se o sociólogo e dane-se o Capitão Nascimento. Eu odeio quem mata bichinhos para usar casacos bonitos e eu odeio quem sobe morro para levar dinheiro para bandido só para não ter que encarar a própria chatice.

Patrocinador do tráfico de drogas, eu considero você responsável pela consequência final dos seus atos. O que eu puder fazer para te causar embaraço até que você financie outra indústria menos destrutiva, eu farei.

A propósito: se por um milagre as drogas se tornarem legais e o tráfico tiver que vender bala Juquinha genuína para viver, eu volto a falar contigo numa boa...

... e boicoto bala Juquinha.

segunda-feira, 22 de março de 2010

As Mais Belas


Assim como o Madonna chamou a atenção do mundo para Antônio Bandeiras, Marilyn Monroe também teve sua "afilhada" no showbizz.

Ella Fitzgerald já tinha provado seu talento há muito tempo, mas isso ainda não era o bastante para lhe abrir as portas do Mocambo, clube mais chique e in da época.

Marilyn Monroe já conhecia Ella Fitzgerald de outros clubes mais simples e menos adequados para uma moça americana tão branquinha na década de 50. Apesar da relutância da gerência do Mocambo em apresentar uma negra em um lugar onde só brancos eram admitidos, Marilyn garantiu que, caso Ella se apresentasse lá, ela compareceria a todos os shows, na primeira mesa.

Ella declarou anos mais tarde:"O dono disse "sim", e Marilyn estava lá, toda noite. A imprensa invadiu o lugar. Depois disso nunca mais precisei tocar em clubes pequenos de novo. Marilyn era uma mulher incomum - à frente de seu tempo, mas ela não sabia disso".

Marilyn me faz lembrar outra dama do jazz, Billie Holiday. A dependência química de barbitúricos e bebida acabou, se não com a vida das duas, com muito de seu autocontrole. Todas as três foram órfãs, tiveram uma infância pavorosa e construíram a carreira do nada. Talvez a feiura de Ella a tenha poupado de muitos revezes aos quais Billie e Marilyn não escaparam.

O engraçado é que, ouvindo essa mulher, mesmo vendo suas fotos com as perucas e vestidos mais pavorosos do século XX, não consigo achá-la feia.

Escuta só estes dois feiosos: Ella e ele - Louis Armstrong.

Stars fell on Alabama.



beijinhos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Contos de Fadas do século XXI

Essa foi minha irmãzinha quem mandou. A Lu nunca manda forward a não ser que valha a pena. Esse é um dos muitos motivos pelos quais eu amo muito ela!!
(Já receberam isso?)
Olha que singelo:

Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo !!!

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?

Ele respondeu: NÃO!

E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.

O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!!!



O outro:

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.

Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...

E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:

- Nem fo....den...do!

MAIS UM!

A princesinha estava na beira do lago e um sapinho bonitinho pulou no colo dela e disse:

- Beija-me princesa, pois sou um engenheiro enfeitiçado por um arquiteto malvado. Beija-me e serei teu esposo e te amarei para todo sempre.

A princesa, cheia de alegria respondeu:

- É ruim, hein, véio! Sapo falante dá muito mais dinheiro que marido engenheiro!!!

he... hehehe...

YEAH!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Liberdade complicada

Caramba! Eu ando tentando me politizar, me informar e usar a internet para dizer alguma coisa que valha a pena. Lá estou eu no outro site defendendo a liberdade individual e Larry Flynt me vem com essa:

Um Juiz de Georgia, Atlanta (EUA), negou à revista Hustler a liberação das fotos do corpo de Meredith Emerson, estuprada e decapitada por um demente. O assassino vai escapar da pena de morte porque foi legal e levou a polícia ao local do crime onde o corpo foi achado.
http://www.cnn.com/2010/CRIME/03/10/meredith.emerson.photos/index.html?eref=igoogle_cnn

Hustler jurou que as fotos são para uma matéria sobre o crime, não para o divertimento de seus leitores mais sádicos. Já o advogado Martin Garbus disse que o fato das fotos serem "horríveis'' não justifica a censura, pois soldados em um país estrangeiro, prontos para cometerem assassinatos, são mais horríveis ainda.

Mas que maneira maravilhosa de peidar na farofa da liberdade, não é? Com tanta gente tentando dar um fim na guerra e na censura, tem sempre um animal para lembrar a gente que a grama verde tá cheia de cobras.

Precisar de censura é a coisa mais triste do planeta. Enquanto a censura barra posters como esse, dizendo que a foto glorifica a violência...

...imagens como essa, lá de 1978, fazem a gente sentir falta do General João Figueiredo.
"Não vamos mais expor mulheres como pedaços de carne" - Larry Flynt (editor da Hustler, engajado ferozmente em justificar a existência da censura)

Vamos fazer o seguinte, Hustler? Que tal essa? Se uma moça topar tirar fotos nua depois de ser estuprada e decapitada, vocês publicam, tá bem?

quarta-feira, 10 de março de 2010

Outra musiquinha com letra e tradução.

Isso tá lá no Alcatéia, mas eu gostei tanto que vou colocar a letra aqui.
Ai... O amor é lindo.

Nos teus olhos, Mahmoud Ahmadinejad...




In Iran

Andy Samberg:
"They say true love comes only once in a lifetime

Dizem que o amor só acontece uma vez na vida

And even though we're from opposite ends of the earth

Apesar de estarmos em lados opostos da Terra

My heart tells me you're the one for me

Meu coração me diz que você nasceu para mim

Mahmoud.

I remember when it started, saw you on the news

Começou quando te vi no noticiário

You were hating gays, I was eating food

Você estava odiando gays e eu estava comendo

But I was feeling you, and even though I disagree with almost everything you said

Mas eu te entendia, apesar de discordar com quase tudo o que você dizia

You ain't wrong to me, so strong to me, you belong to me

Você é certo para mim, tão forte, tão meu

Like a very hairy Jake Gyllenhaal to me

Como um Jake Gyllenhaal mais peludo

Mahmoud, make my heart beat right out of my chest

Mahmoud, faça meu coração pular do peito.

My mind says no but my body says yes

Minha mente diz não, mas meu corpo diz sim

Nuclear threat? The only threat I see is the threat of you not coming home with me

Ameaça nuclear? A única ameaça é você não voltar para casa comigo.

Our love for each other's like when atoms collide

Nosso amor é como a colisão dos átomos

Can't express how I feel

Não consigo expressar.

Ay yo Adam let's ride."

Diz aí, Adam.
Adam Levine:
"And Iran

E o Irã
Iran so far away is your home

O Irã distante é seu lar

But in my heart you'll stay."
Mas no meu coração você vai ficar.
Andy Samberg:
"He ran for the president of Iran

Ele concorreu para a presidência do Irã

We ran together to a tropical island

Nós corremos para uma ilha tropical

My man, Mahmoud is known for wildin'

Meu homem, Mahmoud é conhecido por ser selvagem

Smilin', if he can still do it then I can

Sorridente, se ele ainda aguenta, eu também.

They call you weasel, they say your methods are medieval

Te chamam de canalha, que seus métodos são medievais.

You can play the Jews, I can be your Jim Caviezel

Você pode seu os Judeus que eu serei seu Jim Caviezel

S&M, nestlin' when we're wrestlin'

Sadomasoquismo quando brigamos no cama

You can be the port that I park my vessel in

Você é porto que eu atraco meu navio

So I try to mute the TV but you can still see me

Eu tento baixar a TV, mas você ainda me vê.

With your sleepy brown eyes, butter pecan thighs

Com seus olhos sonolentos e coxas de noz pecã

And your hairy butt

e seu traseiro cabeludo

Yeah."

Adam Levine:
"And Iran, Iran so far away

No Irã, no Irã distante

Come home and in my arms you'll stay

Volte para casa e nos meus braços você vai ficar.

Used to look at the stars and dream

Costumava sonhar olhando para as estrelas

Around the world the same stars we're seeing

As mesmas estrelas que vemos no mundo inteiro
And a twinkle in your eyes Mahmoud."

que brilham nos teus olhos, Mahmoud.
Andy Samberg:
"Talk smooth to me, without a tie

Sussurra para mim, sem gravata

Your pants high waisted, damn so fly

Sua calça puxada para cima, tão sexy

We can take a trip to the animal zoo

Vamos passear no zoológico

And laugh at all the funny things that animals do

e rir das tolices que os animas fazem
Like Eugene, you got me straight trippin' boo

Feito Eugene, você me faz viajar

Hope you look in my eyes and say I'm trippin' too

Olha nos meus olhos e diz: "Estou viajando também".

You say Iran don't have the bomb but they already do

Você diz que o Irã não tem armas, mas eles já tem

You should know by now, it's you

Você já deve saber. É você

It's you."
É você
Adam Levine:
"And Iran
Iran so far away is your home
But in my heart you'll stay."

Andy Samberg:
"You crazy for this one, Mahmoud

Sou doido por esse Mahmoud

You can deny the Holocaust all you want

Pode negar o Holocausto o quanto quiser

But you can't deny that there's something between us

Mas você não pode negar o que há entre nós.

I know you say there's no gays in Iran

Eu sei que você diz que não existem gays no Irã

But you're in New York now baby

Mas estamos em Nova York agora, meu bem

It's time to stop hiding and start living

É hora de parar de fingir e começar a viver

One."


Faxineiras horríveis...



Minha casa está entregue às baratas. O pior é que não posso dizer que eu faria um serviço melhor que o delas...

domingo, 7 de março de 2010

Mulheres bem comportadas raramente fazem História.


Não consigo imaginar alguém que inspire comportamentos exemplares mais que Jesus Cristo. E justamente ele foi o que mais defendeu mulheres mal-comportadas. Na verdade, Jesus defendeu muitos homens que deram bobeira também, mas uma coisa diferencia a tolerância de Jesus com as mulheres. Ele sempre tinha que nos defender de um mané que achava que era melhor do que a gente.

Maria Madalena estava prontinha para levar pedrada literalmente quando Jesus interviu, como a Bíblia conta. Existe uma outra versão mais informal e menos tolerante:

E disse Jesus: "Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra". Inclinou-se e escreveu na terra, enquanto a galera botava a mão na consciência. Só que uma velhinha não fez por menos e deu uma pedrada bonita bem no quengo da Madalena. Jesus soltou um berro:
- Ô MÃE!!!

Bom, como Maria Madalena parecia estar bem das ideias no resto do Evangelho, essa versão não deve ter fundamento mesmo, mas isso não é importante. Existem outras Marias, também sem juízo, para quem eu quero chamar atenção.

Martha, da Betânia, tinha uma irmã chamada Maria (igual o Caetano, que também é irmão da Maria Betânia, mas não é essa a da história), e tinha outro irmão chamado Lázaro. Jesus caiu nas graças das duas irmãs desde que ressuscitou este irmão e sempre foi muito bem recebido na casa das duas. Só que Martha corria para a cozinha e ajeitava a casa toda enquanto Maria sentava aos pés de Jesus para ouvir o que um cara que tinha poder para trazer gente de volta da morte poderia ensinar. Um belo dia Martha pediu a Jesus algo muito justo:

Gustave Doré e mais uma obra estonteante.

(Na tradução informal): Mestre, manda essa daí tomar vergonha e vir me ajudar na cozinha, senão a janta não sai hoje!
Jesus explicou que janta se faz todo dia, o pó se tira todo o dia, mas não era todo dia que se escuta lições de Cristianismo ministradas por Jesus Cristo em pessoa. Se ela quisesse, podia pedir um galeto na esquina, mas Maria, a mal-comportada, optou por ganhar algo que, nunca mais, ninguém iria poder tirar dela.

Ainda tinha mais. Sentar aos pés de alguém era uma atitude de discípulo. Se algum homem perdesse a paciência e chutasse Maria dali, estaria apoiado pela Lei e pela cultura do local e da época. Martha pode ter sido muito sutil ao tentar livrar Maria de um chute, mas Jesus já tinha salvado mulheres de coisa muito pior e aceitou ensinar Maria - como fazia com os homens.


Houve também o fato de outra maluca, de Canaã, que pediu a Jesus que curasse sua filha. Ela estava berrando há um tempão e Jesus não dava muita bola para ela. Eu nunca entendi muito bem essa passagem. Por que ignorar uma mulher choraminguenta quando tanta gente chata já tinha ganhado seu favor? O negócio é que Judeu não podia ficar batendo papo com estrangeiro, muito menos Cananeu. Canaã era o nome dado à terra que hoje é conhecida como PALESTINA. Sentiu o drama?

Jesus não teve pena nenhuma. Segundo Mateus 15, ele mandou essa:

"Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel."
A chata insistiu. Era a filha que estava doente em casa. Era só Jesus mandar, dali mesmo, um milagre para a garota. Não tinha erro. Mas Jesus era Judeu de carteirinha e não iria fazer uma desfeita dessas no meio do seu povo. Aí veio um babado forte:

"Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos."

Com a filha doente, um povo inteiro olhando feio para ela e o homem que ela acreditava ter poder para curar sua filha chamando ela de "cachorra", a mulher respirou fundo e mandou essa:

"Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos."

Ninguém sabe o nome desta mulher. Talvez nem Jesus tenha perguntado. Mas o que ela fez foi chamar Jesus a olhar além de Israel, além do povo para o qual foi mandado e daí para frente ele olhou para o mundo inteiro. O mundo inteirinho - e foi para onde ele mandou seus apóstolos.

"Grande é a tua fé." E a filha dela ficou boa.

Ainda temos o caso famoso de Jesus perguntar quem o tocou enquanto uma multidão empurrava e espremia o pobre homem pedindo, perguntando e testando seus conhecimentos. Lá do meio da bagunça uma mulher confessou ter tocado a bainha de sua veste.



Mas que maluca! Jerusalém, Século I, Jesus tá correndo para ver se salva a filha de Jairo depois de exorcizar um sujeito sinistro que se chamava Legião (brrrr...), ela atrasa tudo, toca na veste de um homem que não é seu marido! Só que Jesus sabia a diferença entre um empurrão e um toque.

"A tua fé te salvou".

Apesar do nome de Maria estar oculto, Maria da Betânia teria aprontado uma outra malcriação mais tarde. Os evangelistas não dizem o nome desta mulher, com exceção de João - evangelista gente fina - mas é fato que, pela última vez que passou em Betânia, já anunciando sua morte, Jesus foi surpreendido por um bálsamo derramado sobre seus cabelos e seus pés. Maria (ou a tal mulher sem nome) quebrou o vaso para derramar o óleo perfumado todo sobre Jesus.


Primeiro: era uma sala cheia de homens, e mulher, mesmo esposa de um deles - que não era o caso - não poderia entrar nem pedindo licença. Os homens já podiam berrar por causa disso. Mas não passou despercebido o fato do perfume ser de qualidade superior, certamente muito caro, e este foi mais um motivo para dar uma bronca nessa mulher sem juízo. Foi justamente Judas Iscariotes (segundo João, o evangelista) que berrou que um perfume daqueles valia trezentos dias de um salário de trabalhador (denário) e que tinha gente no mundo passando fome enquanto aquele desperdício acontecia.


Mais uma vez Jesus precisou dar uma lição sobre aproveitar o momento. Pobres vão existir para sempre e eles sempre vão precisar de ajuda, mas ele não estava falando justamente que sua hora estava chegando? Além de ser uma preparação para sua morte, o bálsamo era um agrado para um homem aflito, que apesar da coragem, sabia que a morte difícil e dolorosa estava chegando.

Jesus disse ainda mais uma coisa: "Em verdade vos digo que onde quer que for pregado em todo o mundo este evangelho, também o que ela fez será contado para memória sua. " Mateus 26:13

Mais ou menos, porque dos evangelistas que ali estavam, só João mencionou o nome da mulher que inundou de perfume uma sala de homens de cenhos franzidos.



Mas uma coisa, todo mundo pode ter certeza: isso é coisa de mulher.

Feliz 8 de março.